quarta-feira, 22 de novembro de 2017
Práticas Pedagógicas Inclusivas
A inclusão é um tema bastante discutido na sociedade atual. Segundo especialistas é extremamente saudável, necessário, democrático e está preconizado na legislação brasileira. Mas que tipo de inclusão queremos? Que tipo de cidadão queremos formar? Como iremos formar esse cidadão? É óbvio, e concordo que todo indivíduo tem direito a educação e, de qualidade. Por isso faço essas indagações. Concordo com o que já é unânime entre nós educadores, não fomos formados e nem somos capacitados para essa nova realidade. Outro fator que parece ser negligenciado pelas autoridades competentes, são as condições físico-estruturais e técnicas das nossas escolas, bem como as condições humanas de trabalho. Nem todas as escolas tinham condições de receber tal missão. A adequação deveria ter sido feita de forma paulatina e com foco em todos os aspectos do processo, não simplesmente nas rampas de acesso e no número de matrículas (quanto mais, mais inclusão). Contudo, o nosso dever, enquanto sociedade, é buscar a melhor solução para atingirmos nosso objetivo, nosso bem maior, que é formar cidadãos críticos e conscientes, dos seus deveres e direitos. E para tanto, muito já se tem discutido, gerando, inclusive artigos, como o Artigo (estudo de caso)[1] da Professora Izabella Mendes Sant’Ana[2]. Professora Isabella Mendes, o que aponta a preparaçãoeparação do professor para uma nova realidade, mostrando a necessidade de uma formação específica para o tema. E é salutar que busquemos essa qualificação, inclusive estendida aos gestores, mas que se tenha uma equipe de especialistas capacitada, cuidadores capacitados, pois os gestores já são detentores de outras obrigações essenciais ao bom funcionamento da Unidade de Ensino. Entretanto, se a realidade mudou, se nossos objetivos enquanto profissionais mudaram, de modo a exigir novas competências e qualificações, então: a compensação social, política, econômica e financeira devem atender as necessidades desse novo profissional. Afinal de contas, não somos os super-heróis que desejam. Já bastam tantas cobranças e culpabilidade, como se fossemos os únicos responsáveis pelo sucesso ou fracasso do sistema educacional brasileiro.
Prof. Carlos Noronha.
Bacharel em Ciências Biológicas pela UFRPE.
Licenciado pela UFPB.
Lotado nas redes municipal e estadual de ensino, na Paraíba.
[1]https://docs.google.com/viewer?url=http%3A%2F%2Fwww.scielo.br%2Fpdf%2Fpe%2Fv10n2%2Fv10n2a09.pdf
[2]Psicóloga, doutoranda em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica-PUC, Campinas.
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